Parabéns aos gestores, professores, alunos e comunidade que fazem esta escola.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A ARTE DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE COLORADO DO OESTE-RO



PROFESSORA: MALVIANA

Patrimônio
“Patrimônio” é uma palavra que vem do latim, patrimonium, que se refere a tudo o que pertencia ao pai, pater. Entre os romanos, o patrimônio possuía um caráter aristocrático e privado, referindo-se à transmissão de bens no interior da própria família, ou seja, não havia o sentido de patrimônio público, pertencente a todos.
Patrimônio cultural
A Constituição Brasileira de 1988, em seu Artigo 216, define o seguinte: Constitue Patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nas quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
Podemos identificar duas categorias de patrimônio, que são:
•Patrimônio material (tangível): são relativos a bens como edificações, centros urbanos, Paisagens naturais, obras de arte, mobiliário e sítios arqueológicos, entre outros.
• Patrimônio imaterial (intangível): é relativo a bens culturais como aqueles representados por festas, danças, saberes e ofícios, entre outras manifestações e práticas socioculturais.
Vistas as definições sobre patrimônio e patrimônio cultural, podemos definir o que vem a ser cultura. Vejamos.
Cultura
De acordo com Horta, Grunberg e Monteiro (1999, p. 7), “cultura” refere-se a todas as ações por meio das quais os povos expressam suas formas específicas de ser, modificando-se no decorrer do tempo e na passagem das gerações. Assim, podemos concluir que a cultura é um processo histórico, e não algo dado por nossos antepassados. Ela sofre influências, mas também se preserva, a fim de que possamos entender quem somos e, também, nos diferenciar de outros povos.
Educação Patrimonial
A Educação Patrimonial tem origem na necessidade de conciliar o progresso e a modernidade com a preservação do passado.  Para que o conhecimento e a valorização dos nossos bens culturais possam ocorrer, é necessário que se desenvolva, na população, a sensibilidade para essas questões, e esta só se dará por meio da educação.
No Brasil, o IPHAN publicou, em 1999, o Guia Básico da Educação Patrimonial, que se destina a auxiliar professores de níveis fundamental e médio e também outras instituições sobre como  trabalhar a Educação Patrimonial com a população.
De acordo com esse Guia, a Educação Patrimonial realiza ações de aprendizado a partir de produtos e manifestações culturais, procurando despertar nos alunos o interesse pela solução de questões significativas para sua vida em sociedade (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 8).
Assim, o objeto cultural será uma fonte primária de estudo, desenvolvendo o “conhecimento e o enriquecimento individual e coletivo” (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 6).
O professor ou o educador de instituições deve aplicar essa metodologia, e devem levar em consideração o conhecimento dos alunos sobre o objeto de estudo, ou seja, a “bagagem cultural” deles. Será a partir desse conhecimento que os profissionais deverão analisar o que trabalhar.
Outra característica da metodologia da Educação Patrimonial apresentada é o fato de esta ser interdisciplinar, ou seja, dependente da interação entre as diferentes áreas do conhecimento e do saber, como a Educação Ambiental, a História, a Geografia, a Biologia, as Artes, a cidadania, entre outras. O educador, de um modo geral, deverá:
[...] levar os alunos a utilizarem suas capacidades intelectuais para a aquisição de conceitos e habilidades, assim como para o uso desses conceitos e habilidades na prática, em sua vida diária e no próprio processo educacional (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 9).
Dessa forma, antes de se iniciar um trabalho com qualquer um dos temas do patrimônio cultural, é preciso que o professor defina seus objetivos educacionais e os resultados pretendidos, pois será mais fácil para que ele e o aluno possam se guiar em torno de um objetivo comum e almejar um resultado final também comum. E principalmente no nosso Estado, Rondônia procurar retratar os seguintes objetivos:
·         Observação e preservação de obras públicas expostas na cidade;
·         Expressão na criação e feitura de obras artísticas tridimensionais (três dimensões): maquete, escultura, dobradura, cerâmica etc;
·         A valorização e respeito às manifestações culturais dos povos;
·         A herança cultural/regional das culturas negra, indígena e ribeirinha;
·         Pesquisa e análise de obras de artes visuais produzidas no Estado de Rondônia;
·         A arte de estilização tendo como fonte de pesquisa a flora e fauna Amazônica;
·         Identificação das características das obras de artes visuais encontradas em Rondônia;
·         Contextualização e análise das obras em seu momento histórico cultural de produção e recepção;
















REFERêNCIAS BIBLIOGRáFICAS
BRUNO, M. C. et. al. Difusão científica, musealização e processo curatorial: uma rede de possibilidades e desafios para os museus brasileiros. In: Anais I Semana dos Museus da Universidade de São Paulo, São Paulo: USP, 1999. p.45-50.
FUNARI, P. P. (Org.). Turismo e patrimônio cultural. São Paulo: Contexto, 2001.
HORTA, M. L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia básico de educação patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 1999.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2005.
MARQUES, D. C. P. C. Arqueologia e Educação: uma proposta de leitura do patrimônio. São Paulo: MAE/USP, 2005. (Dissertação de Mestrado).






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